Em tempos que já lá vão
Que escrevia como meta
As dores do coração
Tinha a louca paixão
De dormir durante o dia
E à noite pisar o chão
Até sentir o que via.
Porém, certa madrugada
Cansado de tanto andar
Olhou a cidade encantada
Sem saber como a amar
Sentou-se frente ao rio
Olhando a outra margem
E sentiu um forte arrepio
Por ter a vida em paragem
Não esperou pela demora
Do sol que não aquecia
Levantou-se, foi-se embora
Vendo que a vida o não queria
Em casa acabou de entrar
Deitando-se p'ra descansar
Mas na cama à sua espera
Estava a morte p'ro levar
- Chegou agora tua hora
Procurei-te p'la noite fora
Já que de dia não te via
Chegou agora a tua hora
Este é o momento que seria
Se antes a noite fosse dia!
- Tens o desejo ancorado
No teu peito sempre fechado
Do coração não abres mão
Tão cerrado na escuridão
Por isso levo-te comigo
E ficarei sempre a teu lado
Num escudo bem apertado
Onde eu sou só um ladrão!
(coisas antigas -poema não datado)
Sempre me encontro em algum pedacinho das poesias de cada um. Gosto de ler a beleza, mas acho que é a primeira fez que visito e
ResponderEliminarcomento. Já sou seguidora...
Aplausos!!!
Quando o poeta entra no silêncio, as palavras levam-no ao "diálogo" com uma realidade imaginária na esperança de superar aquilo que é dor ou solidão. Foi assim que li o teu poema, meu Amigo Luís.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Amigo Luís, gostei do poeta e do ladrão não tanto, m as a adorei os poema rimado como eu gosto. Boa semana e beijos com muito carinho
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