"A Verdade", Eça de Queiroz_jardim da cidade_lisboa
inscrição:
«Sobre a nudez forte da Verdade o manto diáphano da phantasia». de "A Relíquia" [1887]:
1974/25
antes daquela madrugada
tão triste era a cidade
sem liberdade
e sem voo e sem canto
sem sonho e sem verdade
sem vontade
de se tornar alegre
e sem maldade.
meu amor
como te dizer o quão vã era a saudade
de tanta errada mocidade?
o tempo foi passando
tanto
que hoje mais parece outra vida
mas recordo ainda
esse dia que se fez claridade
quando compreendi
o quão bela é a vermelha flor
que se chama Liberdade.