onde já se não brinca
com bolas de sabão
na mágica descoberta
dum Universo em expansão.
esta nossa casa
onde o riso duma criança
se perdeu
e a memória se desvaneceu
como se o Mundo fosse um pião
lançado em rodopio
tão velho como qualquer ex-campeão
já cansado
de contemplar a sua destruição.
esta nossa casa
escureceu
pelas minhas e outra mãos e
a criança que fui
deixou de ser
onde tudo era inocência e criação.
e que a corda enrolada desse pião
mais parecia uma lança
a conquistar um coração.
mas se tu quiseres
- certo, amor?
na hora que chegar
voltarei a brincar
e lançarei os dados
sem nada ter a ganhar.
deitarei à sorte e esquecerei
que o nosso Mundo
deu um trambolhão.
esta nossa e velha casa
ainda não caiu
mas cada mais
a vejo mais pequena...
com pena.
Compreendo o sentimento que o levou à escrita deste poema, compreendo esse vazio.
ResponderEliminarUm abraço.