“Ou escreves algo que valha a pena ler ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever.” | Benjamin Franklin

terça-feira, 3 de novembro de 2020

tatuagem


foto lmc

Nas suas mãos colhia 
ventos 
para deles harmonizar 
as velas quebradas pela 
solidão. 

Num chão de mar
repousava o olhar tão
cansada 
de tempestades.

Esperava 
acalmar
e liberta-se da angústia 
latente.

Nos seus dias mais
cinzentos
era o som das ondas a trazer-lhe
bem-estar.

E foi numa tarde de luz 
clara 
que o sol lhe marcou
o corpo
qual tatuagem em pele 
adormecida. 

Ainda 
teve a vaga sensação de uma breve 
brisa
a refrescar-lhe as 
ideias. 

Quando voltou a casa
marcou aquele dia no calendário 
e nunca mais teve 
medo 
de se perder na escuridão.



4 comentários:

  1. O mar, uma inspiração e um calmante, ao mesmo tempo.
    Adoro o mar. Tem esse efeito em mim.

    Um abraço

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  2. Que lindo! A vida marca, o sol marca, as memórias permanecem. Abraço.

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  3. Que maravilha, Luís!

    "Nunca mais teve medo." Deve tê-lo perdido na imensidão poética.

    Bela marca, meu amigo!

    Beijo.

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  4. BELÍSSIMO!

    Vou levar este endereço.

    Dias bons. Abraço
    ~~~~~~

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