e o cigarro descaído no canto da boca.
andava de verbo em verbo, de chapéu na mão
'a espera da chuva para construir uma canção.
'a espera da chuva para construir uma canção.
todos os mares reflectiam-se no olhar opaco
e a voz remendava-se de farrapos velhos.
sentou-se na margem do rio, de costas voltadas
ao mundo, como barco encalhado.
um louva-a-deus poisado sobre folha a flutuar
rezava aos peixes que não queriam nadar.
cansado da solidão, mergulhou nas águas
para ouvir melhor o inédito sermão.
cansado da solidão, mergulhou nas águas
para ouvir melhor o inédito sermão.
E assim procurou o seu fim.
ResponderEliminarBoa Noite.
Querido Luis, que poema tan triste y al mismo tiempo cautivador. Lo describes tan bien en cada verso, que se siente la pena, el dolor, la angustia, como estar ahi sentado, a la espera de la nada... Bellísimo! Te dejo mi abrazo y si bien te respondí en mi espacio, te digo por aquí que comprendí perfectamente el comentario y me siento muy agradecida..que tengas una semana hermosa!!!
ResponderEliminarQuando se vira as costas ao mundo, nada mais se espera da vida. Uma triste solidão caminha pelos seus versos. Abraço.
ResponderEliminarLuís
ResponderEliminareste poema é forte e comoveu-me até às lágrimas.
:(