de olhos fechados
trazia nos olhos os cais de embarque de
um navio já sem mar.
adivinhava-se-lhe uma tempestade
nas águas revoltas
quando dos seus passos uma
linha imprecisa se desenhava na amargura
da pedra.
outras vidas tinham sido a sua
quando, mais novo
nos caminhos de oceanos
conhecia um lar.
ainda se lembrava, vagamente,
o primeiro porto
onde o sol prometia horizontes
em ilhas virgens
para se poder encontrar
e, fazer sentido
do seu destino.
agora, perdeu a vontade de
partir
para esse, ou um
outro qualquer lugar
a que quisesse chamar seu e acostar.
já só quererá fechar os olhos
descansar e... ver o mar.
Depois de ler este teu lindíssimo poema, fecho os olhos e fico a ver o mar que trago gravado no corpo.
ResponderEliminar"adivinhava-se-lhe uma tempestade
nas águas revoltas
quando dos seus passos uma
linha imprecisa se desenhava na amargura
da pedra." Tão belo, Luís! Tinha saudades de te ler.
Desejo que estejam bem. Continuem a cuidar-se.
Um a boa semana.
Um beijo.
Na vida tudo tem o seu tempo, mas nem sempre é possível acostar.
ResponderEliminarGostei do poema.
Quem passa uma vida à deriva, nem sempre tem deriva para fundear.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes