Lembra-me um jardim
este meu sonho:
um banco, a sombra e tu
um pouco longe de mim.
Lembra-me
a árvore ao lado da clareira
(essa árvore que vivia em mim)
e no meio desta
o lago a espelhar-se entre o sol e
a sombreira.
Lembra-me a tua silhueta
ao fundo
e o entardecer a doirar a tua pele;
os aneis brilhantes
dos teus olhos, castanhos
e a doçura desta luz a pentear-te.
Lembra-me quando te aproximaste
e gravaste em mim
um coração cheio de perfume
e por baixo a palavra sem fim:
"amo-te".
Deste meu jardim
a árvore que vivia por mim
(acácia rubra de paixão)
deixou cair uma flor
ao teu regaço, amor
uma só flor essa que escolhi
e ta ofereci.
Lembra-me este sonho
como se acabasse de o sonhar
acordado
e o dia fosse igual
igual, nesse meu jardim.
A memória é tremendamente uma voz que grita aquilo que o tempo foi desgastando para que não esqueçamos o que nos foi redenção e abrigo... Lindíssimo, este poema, meu Amigo Luís.
ResponderEliminarCuidem-se bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
O sonho vive em nós, como uma realidade.
ResponderEliminarUm poema que fala de lembranças, pleno de sedução e romantismo.
Encantei-me!
Tudo se move
ResponderEliminaraté o vento
Está belíssimo, este teu sonho de amor, Luís.
ResponderEliminarAplaudo a inspiração e a sensibilidade.
Saúde e dias calmos de verão.
As melhores saudações, amigo poeta.
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Molto bello questo momento in poesia,
ResponderEliminarun bellissimo sogno, i ricordi ci ispirano.
Un abbraccio Luis.