“Ou escreves algo que valha a pena ler ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever.” | Benjamin Franklin

sábado, 23 de janeiro de 2021

dourada prisão

 



[por minha livre paixão

aprisionei a minha vida

e todo o meu coração.]



pássaro em gaiola fechado

com asas perdidas no chão

o seu sonho foi apagado

na cabeça e no coração.

agora bate contra grades

enquanto canta a canção

de nostálgicas saudades.


já não pensa em fugir

tão esquecido o voar

que a vontade de ir

deste maldito lugar

transformado em prisão

mata-lhe a respiração.

8 comentários:

  1. Hola Luis!!!
    Que hermoso y conflictivo poema!
    A veces nos sentimos seguros y elegimos estar en algunos espacios y con algunas personas que de alguna manera nos encarcelan,
    otras veces la prisión se vuelve insostenible y necesitamos escapar, levantar vuelo, volver a soñar y creer en la libertad. Fuerte abrazo y bonita semana!!!

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  2. Belo, mas triste de mais...

    Vou estar ausente por um tempo. Voltarei.

    Tudo pelo melhor. Abraço.
    ~~~~~~

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  3. Não nos deixemos aprisionar seja por aquilo que for. Um poema cheio de uma enorme melancolia. Como um pássaro que esqueceu o voo.
    Uma boa semana, meu Amigo Luís.
    Um beijo.

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  4. Matou.
    Que paradoxo move o homem: passar meia vida a levantar as grades e outra meia a tentar derrubá-las?
    Gostei de ler.
    Abraço.

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  5. São momentos, ondas que a poesia abriga. Talvez, assim, a ânsia de voar recomece.
    Gostei, amigo Luís.

    Beijo.

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  6. Por vezes, a prisão é criada por nós mesmos, esquecidos ou desanimados para novos voos. Mas eles acabam nos chamando e a gaiolas vão ao chão. Abraço.

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  7. Bela escolha, Amigo Luís!
    Um poema com uma força enorme, onde o "encarceramento", a que estamos sujeitos, já deixa muitas marcas, alguma bem fortes.

    Sermos fortes, para que as grades das gaiolas, não nos violem o voar, é o caminho, penoso e duro, que "devemos" tentar traçar.
    Fácil? Não, de todo! Não é.
    Mas a nossa voz, as nossas asas, vão ser mais fortes; um dia a gaiola quebra-se - um dia voltaremos a VOAR.

    Poema fabuloso, querido Amigo. Bravo - de pé!

    Cuidem-se e fique bem, com força e ânimmo.

    Beijo de Luar

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