“Ou escreves algo que valha a pena ler ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever.” | Benjamin Franklin

sábado, 16 de janeiro de 2021

(des)Venturas no Armário escondidas




 Eles furam as palavras 

por dentro e

instalam o ódio

como sementre em campo virgem.


Arrasam as sílabas

destroem as vozes 

fecham gargantas

queimam flores

lançam espinhos 

matam amores.


Eles não estão sós:

o seu ideológico rancor

anda por aí

acompanhado

apoiado

(sempre andou)

disfarçado

para não se perceber

como nasce um ditador.


Pisam com as botas cardadas

os ventos da história

implantando velhas ideias fascistas.


Constroem muros

aprisionam livres pensadores.


Eles não sabem cantar

(nunca souberam)

mas tocam músicas para embalar.


Não sabem o que custa

acordar 

alvoradas

de gargantas inchadas

a gritarem Liberdade.  


Eles são aqueles que na sombra

manipulam falsos valores

e destilam antigos rancores.


São milhões

as vítimas 

destes demagogos charlatões.

7 comentários:

  1. Saúdo o autor, devemos passar o alerta. Ontem também fiz uma chamada de atenção no meu blog. Estamos de acordo e... vamos à luta que a liberdade é para a festejarmos aqui.

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  2. Muito bem, Luís! Concordo inteiramente com a sua mensagem.
    È um mal que também me deixa confusa e revoltada...

    Um poema belo e bastante expressivo, com uma construção muito interessante.

    Dias de confinamento inspirados. Abraço amigo.
    ~~~~~~~~~~~

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  3. Seu poema, belamente desenhado, traz verdades que muito se aplicam por aqui. Gostei demais! Abraço.

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  4. O teu poema, Luís é um grito de alerta. Faz medo pensar que há muita gente a não perceber como são perigosos os caminhos traçados por populistas. A liberdade é o nosso maior bem. Vamos defendê-la. A nossa voz falará mais alto.
    Um beijo, meu Amigo.

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  5. Estará doente, Luís?
    Ou zangou-se comigo no ''reveillon''?!...
    Tudo bom...
    ~~~

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  6. Caro amigo, atenta nos esgares de boçalidade e arrogância que se escapam nas declarações triunfalistas, picarescas e trágicas do aspirante na última noite.
    Aqueles que viveram as últimas décadas a esconder a alma retorcida pela educação submissa ao fascismo perderam a vergonha. Já não têm pinga que lhes tinja a face. E a alienação e insensibilidade é demasiada na gente jovem. Estmos a ser levados na frágil nau para um mar perigoso.
    Abraço.

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