Eles furam as palavras
por dentro e
instalam o ódio
como sementre em campo virgem.
Arrasam as sílabas
destroem as vozes
fecham gargantas
queimam flores
lançam espinhos
matam amores.
Eles não estão sós:
o seu ideológico rancor
anda por aí
acompanhado
apoiado
(sempre andou)
disfarçado
para não se perceber
como nasce um ditador.
Pisam com as botas cardadas
os ventos da história
implantando velhas ideias fascistas.
Constroem muros
aprisionam livres pensadores.
Eles não sabem cantar
(nunca souberam)
mas tocam músicas para embalar.
Não sabem o que custa
acordar
alvoradas
de gargantas inchadas
a gritarem Liberdade.
Eles são aqueles que na sombra
manipulam falsos valores
e destilam antigos rancores.
São milhões
as vítimas
destes demagogos charlatões.
Saúdo o autor, devemos passar o alerta. Ontem também fiz uma chamada de atenção no meu blog. Estamos de acordo e... vamos à luta que a liberdade é para a festejarmos aqui.
ResponderEliminarMuito bem, Luís! Concordo inteiramente com a sua mensagem.
ResponderEliminarÈ um mal que também me deixa confusa e revoltada...
Um poema belo e bastante expressivo, com uma construção muito interessante.
Dias de confinamento inspirados. Abraço amigo.
~~~~~~~~~~~
Seu poema, belamente desenhado, traz verdades que muito se aplicam por aqui. Gostei demais! Abraço.
ResponderEliminarO teu poema, Luís é um grito de alerta. Faz medo pensar que há muita gente a não perceber como são perigosos os caminhos traçados por populistas. A liberdade é o nosso maior bem. Vamos defendê-la. A nossa voz falará mais alto.
ResponderEliminarUm beijo, meu Amigo.
Não passarão
ResponderEliminarEstará doente, Luís?
ResponderEliminarOu zangou-se comigo no ''reveillon''?!...
Tudo bom...
~~~
Caro amigo, atenta nos esgares de boçalidade e arrogância que se escapam nas declarações triunfalistas, picarescas e trágicas do aspirante na última noite.
ResponderEliminarAqueles que viveram as últimas décadas a esconder a alma retorcida pela educação submissa ao fascismo perderam a vergonha. Já não têm pinga que lhes tinja a face. E a alienação e insensibilidade é demasiada na gente jovem. Estmos a ser levados na frágil nau para um mar perigoso.
Abraço.