“Ou escreves algo que valha a pena ler ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever.” | Benjamin Franklin

segunda-feira, 25 de abril de 2022

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"A Verdade", Eça de Queiroz_jardim da cidade_lisboa

inscrição:
«Sobre a nudez forte da Verdade o manto diáphano da phantasia». de "A Relíquia" [1887]:


1974/25 


antes daquela madrugada

tão triste era a cidade

sem liberdade 

e sem voo e sem canto

sem sonho e sem verdade

sem vontade

de se tornar alegre

e sem maldade.


meu amor 


como te dizer o quão vã era a saudade

de tanta errada mocidade?


o tempo foi passando

tanto 

que hoje mais parece outra vida

mas recordo ainda

esse dia que se fez claridade

quando compreendi

o quão bela é a vermelha flor

que se chama Liberdade.


2 comentários:

  1. Foram anos e anos sem sabermos a liberdade. Não deixaremos que isso se perca, nunca mais. Gostei deste poema a celebrar o 25 de abril de 1974. Ofereço-te um cravo vermelho, meu Amigo Luís.

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  2. Enquanto se "poemar" assim sobre o 25 de Abril vai sempre haver esperança na vermelha flor que se chama liberdade.

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