“Ou escreves algo que valha a pena ler ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever.” | Benjamin Franklin

domingo, 11 de abril de 2021

a arte da memória

foto do autor

o mar vem-me falar
dum tempo antigo
e tráz-me o cheiro
guardado
no museu fechado
do que sou eu.


nesses momentos
arejo o espaço
retiro o pó
abro a exposição
e começa o leilão
de pensamentos.

por fim
tudo é rematado
pelas ondas brancas
da memória.

mas meus olhos
perdem-se
no silêncio dos anos
e nas vozes extintas
deste mar
como se fossem sombras
presas
num império de luz
a cobrirem o azul dos sonhos.


5 comentários:

  1. O cheiro de um tempo antigo como que feito de sombras. O mar ou a intuição de um azul, cobrem as palavras do poema. Tão belo!
    Cuidem-se bem.
    Uma boa semana, meu Amigo Luís.
    Um beijo.

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  2. Que poema tan bonito y melancolico querido Luis. Encierra una especie de tristeza por todo lo que consideras perdido, como si ya no fuse posible volver atras.
    El mar y los espacios de la naturaleza (todos) nos abren las puertas a un camino de esperanza y de nuevas ilusiones. que asi sea , con amor y salud. Muy buena semana poeta!!!

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  3. O mar
    sempre inesgotável
    nas memórias que não se calam

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  4. Tenho um poema de Mar, no Refúgio dos Poetas.
    Pelos vistos deixou de se interessar pelos meus poemas...
    Um abraço
    ~~~~

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    Respostas
    1. Viu mal, minha amiga Majo.
      O meu interesse é genuíno.
      Só que ando sem vontade de
      publicar e visitar.
      Passam os dias e no painel desaparecem as mensagens novas
      sem as ler.
      Já reparou que durante duas semanas nada acrescentei aqui?
      E do seu último comentário, julgo tê-la visitado. O que farei agora,para ler esse post sobre o Mar.
      Um bom fim-de-semana
      Abraço amigo

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