“Ou escreves algo que valha a pena ler ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever.” | Benjamin Franklin

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Fala-me...

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Fala-me da espera

nas estepes da escuridão

como astuta fera

a guardar crias e solidão.

Fala-me dos silêncios 

que teus beijos selavam

em gritos de liberdade

que eu tolo de vaidade

não soube apreender

o valor inocente da verdade.

Fala-me, amor 

como viveste antes do mundo

esse mundo desconhecido

para mim como inexistente.

Fala-me minha querida

da existência vivida

e da sorte da minha vida

na tua mão desprendida.

Fala-me como foi ....pois

um pouco de amor não é amor

mas serve de consolo na dor.


3 comentários:

  1. Olá, Luís!

    Um belo poema de amor em forma de pedido urgente. Evidente que ela lhe dará aquilo que tanto lhe pede e mais que seja, embora o "Luís" não tenha sabido apreender em determinada altura da vida os sentimentos dela. Ela falar-lhe-á e contar-lhe-á mundos e fundos, o que fez, dir-lhe-á que nunca o esqueceu e que agora está aqui para o que der e vier.

    Beijos e dias com saúde.

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  2. O 'eu poético' expressa saudade do que foi...

    Um poema amoroso eloquente e bem construído.

    Bom fim de semana. Bj
    ~~~~~

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  3. Falar da espera, dos silêncio, do amor é falar de tudo aquilo que se esconde no barro que somos... Lindíssimo e inspirador.
    Cuidem-se bem.
    Uma boa semana, meu Amigo Luís.
    Um beijo.

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