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reeditado de 2016
Estas eram as palavras ditas a propósito do perigo em que o Mundo caminhava para o que hoje parece uma situação real.
O artigo então publicado nos jornais, num tempo em que não se deu a atenção devida, vem chamar-nos a atenção de que este mesmo Mundo é um sítio perigoso demais para estarmos descansados.
Tudo parece mais cinzento no espírito de quem nos governa e decide. Falam e agem com ódio, com rancor, com um sentido auto-destrutivo.
De agressão em agressão, de escalada em escalada, de provocação em provocação, de perda de Razão por parte de todos, isto não pára se não houver uma humana certeza: ninguém escapará, se a Paz não for construída, se o Poder não ceder à tentação de subjugar, de conquistar, de explorar, de humilhar um outro Ser.
Todos temos direito à Vida. Todos temos direito à Paz. Todos temos direito à Segurança e ao Pão. TODOS. Todos e cada Um.
"O vosso público, por sua vez, não tem a sensação do perigo iminente - é isso que me preocupa. Como não compreendem que o mundo está a ser puxado numa direção irreversível? Enquanto eles [a maior parte do establishment político-militar ocidental] fazem crer que não se passa nada. Já não sei como hei-de comunicar convosco".
Vladimir Putin - Munique 2007
"Estou preocupado, muito preocupado, com que estejamos a caminhar como sonâmbulos para qualquer coisa de absolutamente catastrófico".
Sir Richard Shirreff - 2007
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Deixo-vos o Poema que espero sejam só palavras perdidas ao vento. Palavras nunca nascidas e nunca terem sido
algum dia sequer pensadas e aqui vertidas:
as rosas de todas as hiroshimas
sangram as rosas negras
asas de corvos em sombras
- planície
verdes àguas paradas,
confunde-se o tom da
e a ponte é uma passagem
o horizonte é um manto
ouve-se ao longe
e a maresia
... no vento nuclear.
já não há como evitar
onde seria dia...
nem um só pássaro
e este rugido
ouve-se intensamente
como um grito de dor.
não mais crescerá
tacteio essas sombras
pela áspera rocha
manchas de musgo
- natureza morta
meus olhos
mas ainda vêem